segunda-feira, 11 de junho de 2007

5ª série - civilizações Mesopotâmicas


Nesse estudo vamos começar com algo interessante e de certa forma comum em quase todas as civilizações antigas.

O primeiro ponto a ser observado é a posição geográfica, ou seja, civilizações que marcaram o passado, estão praticamente todas perto de algum rio ou outra fonte abundante de água. Segundo ponto é a organização social, praticamente todas, tem também sua organização social bem definida como veremos nesse estudo e nos próximos.

Mesopotâmia, a "terra entre rios"

Como expliquei acima, os principais povos mesopotâmicos estabeleceram-se entre os rios Tigre e Eufrades. Utilizaram-se desses rios para desenvolverem suas civilizações através da pecuária e da agricultura (devido as terras férteis perto dos rios).

Vários povos estabeleceram-se entre os rios e tiveram importância fundamental na história e principalmente em nossas vidas, pois, algumas coisas desses povos herdamos até hoje e usamos em nosso cotidiano muita das vezes despercebidos.


Os Sumérios


A Suméria (ou Shumeria, ou Shinar; na bíblia, Sinar; egípcio Sangar; ki-en-gir na língua nativa), geralmente considerada a civilização mais antiga da humanidade, localizava-se na parte sul da Mesopotâmia (o Iraque da atualidade), apropriadamente posicionada em terrenos conhecidos por sua fertilidade, entre os rios Tigre e Eufrates. Evidências arqueológicas datam o início da civilização suméria em meados do quarto milénio a.C. Entre 3500 e 3000 a.C. houve um florescimento cultural, e a Suméria exerceu influência sobre as áreas circunvizinhas, culminando na dinastia de Ágade, fundada em aproximadamente 2340 a.C. por Sargão I, sendo que este, ao que tudo indica, seria de etnia e língua semitas. Depois de 2000 a.C. a Suméria entrou em declínio, sendo absorvida pela Babilônia e pela Assíria.
Duas importantes criações atribuídas aos sumérios são a escrita cuneiforme, que provavelmente antecede todas as outras formas de escrita, tendo sido originalmente usada por volta de 3500 a.C.; e as cidades-estado - a mais conhecida delas sendo, provavelmente, a cidade de Ur, construída por Ur-Nammu, o fundador da terceira dinastia Ur, por volta de 2000 a.C.

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OS ACÁDIOS



Os acádios, grupos de nômades vindos do deserto da Síria, começaram a penetrar nos territórios ao norte das regiões sumérias, terminando por dominar as cidades-estados desta região por volta de 2550 a.C.. Mesmo antes da conquista, porém, já ocorria uma síntese entre as culturas suméria e acádia, que se acentuou com a unificação dos dois povos. Os ocupantes assimilaram a cultura dos vencidos, embora, em muitos aspectos, as duas culturas mantivessem diferenças entre si, como por exemplo - e mais evidentemente - no campo religioso.
A maioria das cidades-templos foi unificada pela primeira vez por volta de 2375 a.C. por Lugal-Zage-Si, soberano da cidade-estado de Uruk. Foi a primeira manifestação de uma idéia imperial de que se tem notícia na história.

Império de Sargão.
Depois, quando Sargão I, patési da cidade de Acádia, subiu ao poder, no século XXIII a.C., ele levou esse processo cooptativo adiante, conquistando muitas das regiões circunvizinhas, terminando por criar um império de grandes proporções, cobrindo todo o Oriente Médio e chegando a se estender até o Mar Mediterrâneo e a Anatólia, .
A Sargão I, guerreiro e conquistador, foi-se aplicado tal título, sendo reconhecido como "soberano dos quatro cantos da terra", em alusão às "quatro cidades" bíblicas (Acádia, Babel, Erech e Calné), e em reconhecimento ao sucesso da unificação mesopotâmica. O rei tornou-se mítico a ponto de ser tradicionalmente considerado o primeiro governante do novo império (que combinava a Acádia e a Suméria), deixando o Lugal-Zage-Si de Uruk perdido por muito tempo nas areias do tempo, sendo redescoberto apenas recentemente. É interessante notar, contudo, que, apesar da unificação, as estruturas políticas da Suméria continuaram existindo. Os reis das cidades-estados sumerianas foram mantidos no poder e reconheciam-se como tributários dos conquistadores acadianos.
O império criado por Sargão desmoronou após um século de existência, em conseqüência de revoltas internas e dos ataques dos guti, nômades originários dos montes Zagros, no Alto do Tigre, que investiam contra as regiões urbanizadas, uma vez que a sedentarização das populações do Oriente Médio lhes dificultava a caça e o pastoreio. Por volta de 2150 a.C., os guti conquistaram a civilização sumério-acadiana. Depois disso, a história da Mesopotâmia parecia se repetir. A unidade política dos sumério-acadianos era destruída pelos guti, que, por sua vez, eram vencidos por revoltas internas dos sumério-acadianos.
O domínio intermitente dos guti durou um século, sendo substituído no século seguinte (cerca de 2100 a.C.–1950 a.C.) por uma dinastia proveniente da cidade-estado de Ur. Expulsos os guti, Ur-Nammur reunificou a região sobre o controle dos sumérios. Foi um rei enérgico, que construiu os famosos zigurates e promoveu a compilação das leis do direito sumeriano. Os reis de Ur não somente restabeleceram a soberania suméria, mas também conquistaram a Acádia. Nesse período, chamado de renascença sumeriana, a civilização suméria atingiu seu apogeu. Contudo, esse foi o último ato de manifestação do poder político da Suméria: atormentados pelos ataques de tribos elamitas e amoritas, o império ruiu. Nesta época, os sumérios desapareceram da história, mas a influência de sua cultura nas civilizações subseqüentes da Mesopotâmia teve longo alcance.

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